Tuesday, March 22, 2005

"SINTONIA DE AMOR"


A grande magia dos romances retratados pelo cinema reside no fato de que quando duas pessoas foram feitas uma para a outra não tem jeito: elas acabam se encontrando e ficam juntas, felizes para sempre !!! É a força do "Verdadeiro Amor", a crença universal (inconsciente coletivo) na existência de almas gêmeas. E "Sintonia de Amor" ("Sleepless In Seattle") é exatamente isto !!! Se na vida real fosse assim também ...

No post anterior comentei sobre "Mens@agem Para Você" ("You've Got Mail"), também estrelado pela dupla Tom Hanks e Meg Ryan, e igualmente dirigido pela Nora Ephron. Mas sou muito mais este "Sintonia de Amor". O filme é mais uma daquelas histórias onde os personagens vivem encontros e desencontros embalados por belíssimas canções de amor. Mas este é muito mais do que uma simples "comédia romântica" ...

Interessante também que o "sleepless" da história poderia ser de qualquer lugar, mas escolheram sabiamente Seattle e não LA, NY, Boston, Vegas ou qualquer outra cidade norte-americana. Primeiro porque na época do filme Seattle estava em evidência devido à explosão do movimento grunge (Nirvana e tal); segundo porque em Seattle chove praticamente o ano todo. E chuva, muitas vezes, é quase sinônimo de tristeza e melancolia :

" O dia deu em chuvoso
a manhã, contudo, esteve bastante azul
O dia deu em chuvoso
Desde manhã eu estava um pouco triste
Antecipação ! Tristeza ? Coisa nenhuma ?
Não sei : já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
... A penumbra da chuva é elegante.
( ... )
Névoa, chuvas, escuros - isso tenho eu em mim.
( ... )
Carinhos ? Afetos ? São memórias ...
É preciso ser-se criança para os ter ...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro !
O dia deu em chuvoso. "

("TRAPO" - FERNANDO PESSOA)


Sleepless in Seattle pode ser traduzido por "o insone de Seattle". Mas não no sentido de "sem sono", ou alguém que é "sonâmbulo", mas o que "não consegue dormir". Samuel Baldwin (Tom Hanks) é um arquiteto que está viúvo há pouco mais de um ano e meio e não consegue superar a dor causada pela perda da esposa nem sabe lidar direito com a solidão e o vazio provocados pela ausência dela. Dai ele não conseguir dormir. A fim de fugir das velhas lembranças do passado ele muda-se de Chicago para Seattle juntamente com seu pequeno filho Jonah. Mas pouca coisa muda. Todos os seus fantasmas ainda estão lá para assombrá-lo. Preocupado com a tristeza do pai, numa certa madrugada Jonah liga para um programa de rádio e acaba colocando-o na linha, de modo que ele tem toda sua história e morbidez expostas a milhares de ouvintes, inclusive Annie Reed (Meg Ryan), jornalista que vive em Baltimore, do outro lado do país. Ela fica encantada com o "desabafo" de Sam à entrevistadora. Ocorre que ela pensava estar apaixonada pelo noivo dela, com quem está em vias de se casar. Mas depois de ouvir aquela história no rádio do carro ela não consegue mais parar de pensar em Sam e, mesmo sabendo da loucura que está fazendo e sem nem saber como ele é fisicamente, decide que se não tentar encontrá-lo irá passar o resto da vida se perguntando se não teria perdido algo realmente importante, algo que ela não tinha na "perfeita" relação com o noivo, aquele "algo mágico".

O legal do filme é que não tem cenas de nudez ou sexo, mas "apenas" Romance. É o tipo de história que faz com que a gente torça para que os personagens se encontrem e, de certo modo, também é o tipo de filme onde projetamos nossa própria vida e aquele desejo íntimo de viver uma história de amor perfeita, mesmo que impossível. Afinal, todo mundo acredita que em algum lugar existe alguém que foi feito especialmente para completar o seu mundo. O próprio filme é, antes de um "filme de amor", um filme sobre "o amor em filmes". A inspiração da diretora veio justamente de um grande clássico dos anos 50: "Tarde Demais para Esquecer" ("Affair To Remember"), um melodrama emocionante, recheado de momentos mágicos - e às vezes até trágicos, em meio às inevitáveis surpresas do destino. Uma verdadeira história de amor à moda antiga. Os astros do filme são o Cary Grant e a Deborah Kerr, ícones de Hollyood na época. Se você nunca ouviu falar deles, pergunte para os seus pais ou avós. E o filme tem em qualquer boa locadora ...

Um outro detalhe interessante é que o roteiro de "Sintonia de Amor" poderia ter pego carona na onda grunge mas não o fez, preferindo canções que são verdadeiros clássicos da música norte-americana, tais como "When I Fall In Love", "An Affair To Remember", "As Time Goes By" ... e a grande "Stardust", na voz maravilhosa do Nat King Cole. Aliás, comentei aqui (02/03/05) que "Atmosphere", do Joy Division, é a canção mais triste de todos os tempos. Só para completar a lista das "três mais", "I Know It's Over", dos Smiths (clique aqui para ver a letra e comentários), é a segunda e, "Stardust", a terceira ...

"And now the purple dusk of twilight time
Steals across the meadows of my heart
High up in the sky the little stars climb
Always reminding me that we're apart
You wander down the lane and far away
Leaving me a song that will not die
Love is now the stardust of yesterday
The music of the years gone by
Sometimes I wonder why I spend
The lonely night dreaming of a song
The melody haunts my reverie
And I am once again with you
When our love was new
And each kiss an inspiration
But that was long ago
Now my consolation
Is in the stardust of a song
Beside a garden wall
When stars are bright
You are in my arms
The nightingale tells his fairy tale
A paradise where roses bloom
Though I dream in vain
In my heart it will remain
My stardust melody
The memory of love's refrain"

("Stardust" - Nat King Cole)


Em "Sintonia de Amor" as músicas são muito mais que meramente incidentais ou "acidentais". Elas fazem parte do filme, ajudam a desenvolver a história, refletem os sentimentos mais profundos dos personagens. É de chorar quando os dois, Sam e Annie, a milhas e milhas um do outro, observam o mesmo luar e ao fundo toca Joe Cocker ("Bye Bye Blackbird") com aquele vozeirão : "no one here can love or understand me" ("ninguém aqui pode me amar ou me compreender"). Separados pela distância, unidos pela música. É só juntar as cenas às músicas e você tem o Amor com todo o seu encanto. E não importa o quanto as coisas mudaram desde os anos 50. As pessoas ainda acreditam e sempre irão acreditar no amor. Todo mundo quer se apaixonar de verdade, do mesmo jeito como acontece no cinema ...

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Só para não deixar passar a oportunidade, um outro filme muito legal sobre a "impontualidade do amor" e também ambientado em Seattle (e que tem a cena grunge como pano-de-fundo) é "Vida de Solteiro" ("Singles"). Dirigido pelo Cameron Crowe e com a Bridgt Fonda e o Matt Dillon (entre outros) no elenco, o filme, como diz o título, narra as aventuras e desventuras da vida de solteiro. Tem tudo a ver.

Monday, March 14, 2005

"MENS@GEM PARA VOCÊ" !!!

Acho que todo mundo já viu "Mens@gem Para Você" ("You've Got Mail"). Passa quase todos os dias na TNT, canal de tv a cabo. O enredo é o seguinte: a dona de uma pequena livraria (Meg Ryan) troca e-mails com um cara (Tom Hanks) que ela conheceu num chat. O problema é que ele é na verdade o dono de uma grande rede de livrarias que está tirando todos os pequenos proprietários do mercado, inclusive a loja dela. E é claro que ela o odeia por isso. Mas não sabe que está se correspondendo justamente com ele. O filme é dirigido pela Nora Ephron, que também dirigiu os dois (Ryan e Hanks) em "Sintonia de Amor" ("Sleepless In Seattle") , um dos meus favoritos. Inclusive o nick que eu usava nos meus tempos de chat era "Sleepless In São Paulo".

É superinteressante como "Mens@gem Para Você" mostra a transição do "virtual" para o "real" com um olhar assim tão romântico que faz qualquer um acreditar que relacionamentos iniciados na net podem dar certo sim senhor. Bom, nunca disse o contrário disso. Só acho bobagem restringir a relação ao meio eletrônico, com medo de um encontro que possa acabar com o encanto. E tem um detalhe no filme que explicita bem em que circunstância uma relação pode passar de "virtual" para "real": numa determinada cena eles combinam de se encontrar num bar, para se conhecerem pessoalmente, e o cara leva um amigo com ele, para antes dar uma checada se a garota é "bonita" ou não. Então, após ouvir o "ok" do amigo, ele exclama todo feliz:

- Eu sabia que ela era bonita !!! Ela tinha de ser bonita !!! Só podia ser bonita !!!

Não adianta: você pode amar a figura que conheceu na net. Mas se na real não rolar uma "química", nada feito. É como um castelo de areia. Vai tudo por água abaixo. Muitas vezes não fica nem uma amizade virtual, pois você simplesmente até deleta a pessoa dos seus contatos ...

Mas então, só para deixar bem claro o que quis dizer no post anterior, penso sim que a net é um bom "meio" de encontrar pessoas, mas não deve ser um "fim" em si mesmo, não deve substituir o contato humano. E tem gente que usa a net não para "conhecer" pessoas, mas para se relacionar "virtualmente " com elas. É onde o "meio" passa a ser um "fim" em si mesmo. Mas como muita gente não entendeu direito, acho melhor conceituar o que é uma coisa e o que é outra ...

MEIO - esfera onde se dá o relacionamento, ambiente (ainda que virtual) e suas características, condicionamentos e limitações específicos; recurso empregado para se atingir um objetivo; método; o meio de comunicação;

FIM - objetivo a ser alcançado; finalidade, intenção; propósito ...



Mas afinal o quê move um chat? Li há algum tempo atrás um artigo na revista Info, assinado pelo colunista Dagomir Marquezi, onde ele fazia esta mesma reflexão, discorrendo sobre este jogo de "crença e projeção"; esta coisa surreal de duas ilusões dialogando. Seria solidão ? Carência afetiva ? Baixa auto-estima ?! Sei lá. Mas uma coisa é certa: num chat ninguém é necessariamente o que diz ser. E como ele comentou no tal artigo, um chat lembra um pouco o grande clássico da literatura universal, " Divina Comédia", onde o escritor Dante Aligheri faz uma incursão ao inferno, purgatório e paraíso. Para quem não leu o livro, no inferno de Dante ninguém tem nome, rosto, identidade ...

E num chat não é diferente disso. Por trás de um "nick" pode estar qualquer um. Sim, um baixinho que afirma ter 1,89m de altura e ser a cara do Brad Pitty; uma morena que se diz loira, assalariado que se diz empresário e assim por diante. Todas as personas são possíveis. O mundo virtual é totalmente descolado do real. Cada um é quem quiser ser ou fingir ser. Parece um baile de máscaras ou uma festa à fantasia. Logo percebi que a garota sobre quem comentei acima era exceção e não a regra deste submundo de anônimos, carentes, solitários, mal resolvidos e afins ...

Nos MSNs e ICQs da vida a coisa não é tão diferente. Fora a mesma superficialidade de um chat, muitas vezes todo encanto é apenas uma questão de "on" ou "off". Perde-se o maior tempo teclando com alguém e a relação não evolui. E isso mesmo quando a "barreira geográfica" não é a principal objeção. Fora que é uma relação absolutamente condicionada pelo meio. E é isto que eu não gosto. Sem falar que sou totalmente missivista, epistolar, prefiro um meio mais tangível de comunicação: a boa e velha carta !!! Mas por favor, não pense que sou como um maluco que tem lá no "Mens@agem Para Você", que "por razões filosóficas" prefere a máquina de escrever ao computador ...

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"AGAIN"

( LENNY KRAVITZ)

"I've been searching for you
I heard a cry within my soul
I never had a yearning quite like this before
Now that you are walking right through my door
All of my life
Where have you been
I wonder if I'll ever see you again
And if that day comes
I know we could win
I wonder if I'll ever see you again
A sacred gift of heaven
For better worse wherever
And I would never let somebody break you down
Or take your crown, never
I've searched through time, I've always known
That you where there, upon your throne
A lonely queen, without her king
I've longed for you, my love forever
I wonder if I'll ever see you again ...'

TRADUÇÃO:

" Tenho procurado por você
Ouvi um grito dentro da minha alma
Nunca tive, plenamente, um desejo como este antes
Agora que você está passando direto pela minha porta
Toda a minha vida
Onde você tem estado?
Eu me pergunto se algum dia a verei novamente
E se esse dia chegar
Eu sei, nós poderíamos vencer
Eu me pergunto se algum dia a verei novamente
Um presente sagrado do céu
Para o melhor, pior, seja onde for
E eu nunca deixaria alguém te magoar
Ou levar sua coroa, nunca
Eu tenho procurado através dos tempos, eu sempre soube
Que você estava lá, sobre seu trono
Uma rainha solitária, sem seu rei
Eu esperei por você ,meu amor, o tempo todo
Eu me pergunto se algum dia a verei novamente ... "

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Wednesday, March 09, 2005

"ADMIRÁVEL CHIP NOVO"

"Pane no sistema alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô ?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente e eu sei o que vou fazer :
Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva

Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor

Mas lá vem eles novamente eu sei que vou fazer : reinstalar o sistema."

(Pitty)

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Não sei como tem gente que acredita em "relacionamento virtual" !!!

Não tem nada mais "fake" !!!

Tudo bem que estamos na era da internet, século XXI e tudo o mais. Mas prefiro o modo "analógico" de amar. Amor Digital não faz meu estilo. Sem falar que a gente perde a melhor parte, que é aquela química que rola no processo de flerte, aquela adrenalina que dá quando a garota mexe no cabelo, o modo como ela sorri, o olhar dela se encontrando com o seu e tudo o mais ...

RESUMINDO: NÃO VIVEMOS NO MUNDO DE MATRIX. A INTERNET É UM MEIO LEGAL DE FAZER NOVAS AMIZADES E, POR QUÊ NÃO, ATÉ ROLA DE VOCÊ CONHECER ALGUÉM QUE VENHA A SER MAIS QUE UM AMIGO OU AMIGA. MAS TEM DE SER APENAS UM MEIO; NÃO UM FIM EM SI MESMO !!! WEBCAM, TECLADO, MONITOR, MODEM E MOUSE NÃO SUBSTITUEM OS SENTIDOS HUMANOS.

DEPOIS CONTINUO E ATÉ VOU COMENTAR ALGUMAS EXPERIÊCIAS PESSOAIS ...

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"As relações humanas estão passando por uma incrível mudança desde que começamos a utilizar a Internet. O e-mail, as salas de bate-papo, o ICQ, o messenger, a videocam ... vão facilitando as comunicações e criando uma nova forma de se relacionar: paquera virtual, namoro e amizade virtual ... Entendo que você pode fazer novos contatos e amizades pela Net. Mas no que se refere ao desenvolvimento de uma relação afetiva, Meu, pára !!!.

Segundo o Aurélio, virtual é o que existe como faculdade, porém sem efeito atual. Suscetível de realizar-se; potencial. Por outro lado, o amor é uma experiência tão real e só acontece de fato quando está relacionado com o momento presente. O amor não pode acontecer no passado, nem no futuro, pois assim ele não passa de algo ilusório. No máximo pode ser uma lembrança do passado ou um desejo para o futuro.

O computador acelera os contatos, mostrando-se um excelente veículo de aproximação e descoberta de novas possibilidades. Mas pela sua natureza fria, é péssimo no que diz respeito ao sentir. Quando precisamos de sensibilidade e profundidade, a linguagem virtual não é adequada. Nada substitui os cinco sentidos e o contato direto na percepção da outra pessoa e, principalmente, dos sentimentos que circulam entre você e ela.

Vivemos num mundo onde tudo é editado. Na TV, no rádio, em todos os meios de comunicação, incluindo a Net, descarta-se o lado imperfeito e escuro da vida para apresentar somente o que lhe convém. Desta forma, quando alguém se apresenta no limitado universo virtual, mostra somente uma parte de si mesmo. E o mais comum, quando você sai do virtual, é a decepção ao constatar que sua fantasia era muito diferente da realidade.

Vejo muitas pessoas se correspondendo pela Internet, com pouca coragem e disposição para um encontro cara-a-cara. Isso é medo do quê ?! Sem o contato direto, sempre estaremos propensos a relações ilusórias. Por isso é sábio reconhecer as qualidades do contato virtual usando-o no seu contexto. É mais barato e infinitamente mais rápido que o correio tradicional, é extremamente informativo, incentiva a leitura e a escrita. Mas também é inteligente entender os seus limites. "

(Adaptado de Sérgio Savian)
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Wednesday, March 02, 2005

"ATMOSPHERE"

Quem me conhece há mais tempo sabe que gosto sobretudo das bandas que me ajudaram a sobreviver à adolescência, tipo The Smiths e Legião Urbana. Quanto a "uma música", certa vez num show do Oasis, o Liam Gallagher,vocalista, disse o seguinte:"Das 50 melhores músicas de todos os tempos, 49 são dos Beatles. A outra é esta aqui!" E aí eles mandaram "Wonderwall".

Concordo quase que plenamente. A música que melhor me traduz é "In My Life", dos Beatles. Mas vou eleger como sendo "a música", a belíssima "Atmosphere", do *Joy Division. É a canção mais triste de todos os tempos. Harmonia perfeita entre música e letra, que fala sobre a forma mais cruel de se deixar alguém, que é partir em silêncio. Como isso dói !!! O som é superclimático, quase hipnótico; e o vocal é angustiante, cortante...

Havia um tempo, mais precisamente quando a gente se conheceu, em que eu ficava forçando a barra, incomodando você, mesmo sabendo que todo aquele sentimento era absolutamente unilateral, mesmo todo mundo dizendo que não tinha jeito e, também, mesmo você sempre enfatizando isso. Pois é, hoje vejo o quanto fui infantil e quero pedir desculpa por tudo e por todas as cenas que provoquei. Mas só os céus sabem o quanto eu lutava contra aquilo tudo. No entanto, eu não tinha como tirar você da cabeça e, principalmente, do meu coração. Afinal, eu estava perto demais da sua atmosfera ! Ainda bem que tinha essa música ...

"ATMOSPHERE"

(JOY DIVISION)

" Walk ... in silence
" Anda ... em silêncio
Don't walk away ... in silence
Não te afasta assim ... em silêncio
See the danger ... always danger
Veja o perigo ... sempre há perigo
Endless talking ... life rebuilding
Conversas sem fim ... vidas em reconstrução
Don't walk away
Não vá embora
Walk ... in silence
Caminhe ... em silêncio
Don't turn away ... in silence
Não vire as costas e saia andando ... em silêncio
Your confusion - my ilusion
Tua confusão ... minha ilusão
Worm like a mask of self-hate
Vestida como uma máscara de ódio-próprio
Confronts and then dies
Confronta-se e, em seguida, morre
Don't walk away
Não te afaste
People like you ... find it easy
Pessoas como você .. Acham fácil
Aching to see ... walking on air
Doente para ver ... andando sobre o ar
Hunting by the rivers, through the streets
Caçando às margens de rios ... através das ruas
Every corner - abandoned too soon
Em cada canto - Abandonada cedo demais
Set down with due care
Colocada no chão com cuidado
Don't walk away ... in silence ... "
Não saia andando ... em silêncio ... "

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"Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos
Já não se adoçará junto a ti a minha dor
Mas para onde eu vá levarei teu olhar
E para onde caminhes levarás a minha dor
Fui teu, foste minha. O que mais ?
Juntos fizemos uma curva na rota
Por onde o amor passou
Fui teu, foste minha.
Tu serás daquele que te ame
Daquele que corte na tua horta
O que semeei eu
Vou-me embora. Estou triste:
Mas sempre estou triste
Venho dos teus braços
Não sei para onde vou.
Do teu coração me diz adeus uma criança
E eu te digo ADEUS. "

(Pablo Neruda)

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* Ao lado dos Smiths, o Joy Division foi uma das bandas mais importantes dos anos 80. Os dois grupos tinham em comum Manchester, a cidade natal, e dois dos maiores poetas da história do pop inglês: Morrissey, vocal dos Smiths e retrato vivo da solidão; e Ian Curtis, a voz torturante (que toca fundo na alma) do Joy Division.


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