Tuesday, February 15, 2005

A VIA LÁCTEA ...

"Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor

Mais não me diga isso!
É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa.

Amanhã é outro dia
Não é?

Eu nem sei por que me sinto assim
Vem de repente, um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou.

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim..."

("A VIA LÁCTEA" - LEGIÃO URBANA)

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"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

("VIA LÁCTEA" - OLAVO BILAC)

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Amava os heróis da minha infância. Batman, Homem-Aranha, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro e outros tantos. Mas o meu favorito sempre foi o Surfista Prateado, com seus poderes cósmicos aliados a crises existenciais, uma fraqueza não permitida aos heróis de então. Depois os quadrinhos ficaram mais adultos e os demais heróis passaram a ser mais vulneráveis. 


Sensível e altruísta, o Surfista foi obrigado a sacrificar tudo o que mais amava para que seu planeta fosse poupado pelo terrível Galactus, o "Devorador de Mundos". Mas ao salvar o seu planeta da destruição e exilar-se na Terra ele passou a carregar no coração a dor da separação da mulher que ele amava, a bela Shalla Bal. E, por aqui, apesar de passar o dia inteiro entrando em brigas para tornar o mundo um lugar melhor, ele nunca foi bem compreendido pelos terráqueos.

O Surfista Prateado:

" Sempre amada pelos poetas e solitários, a noite surge como um breve encanto, um feitiço destinado ao fim. Ela é como os sonhos. Através de suas ondas negras e infinitas, as esperanças e anseios se perdem entre o cintilar das estrelas e seus mistérios.

No entanto, a noite não passa de uma pequenina janela que se abre para um enorme oceano, onde a escuridão interminável envolve tudo que existe. Além dessa janela reside a verdadeira essência da palavra imensidão. Lá fora, no espaço, estão todas as respostas aos enigmas do universo. É por isso que, ao olharmos para a noite, todos os problemas se tornam pequenos, todo o resto parece insignificante, sem sentido.

Ao pôr-do-sol, olhe para o céu e procure o brilho mais distante. Imagine-se, então, como alguém capaz de suportar o frio do espaço e navegar entre os asteróides, sentindo a poeira cósmica tocar seu rosto. Imagine-se como alguém dotado da mais pura das almas e desprovido das falsidades e crueldades humanas. Imagine-se como alguém cujo futuro se encontra entre as estrelas, mas está condenado pelo destino a passar o resto de seus dias aprisionado num mundo primitivo e cheio de violência. Imagine-se como esse alguém e você será o Surfista Prateado!" (Edição Especial de "O Surfista Prateado")

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